CHUVA MIÚDA, ÁGUAS DA SALVAÇÃO
Cai sobre minha cabeça, refresca o meu corpo, mata a minha sede e leva essa angústia. Mal estava conseguindo respirar, não imagina o quanto estava a lhe aguardar.
O arvoredo lá fora trêmula as suas folhas, como quem comemora sua chegada, nos seus galhos um bando de pardais em um coro uníssono, cantando e bailando de felicidade.
Precipita, desliza morro abaixo arrastando tudo a sua frente, mostrando sua impetuosidade como quem diz, demorei mais cheguei, vou lavar toda sujeira que o tempo e o homem querem deixar para tráz, enfeiando a natureza.
Que bom que veio, todos os dias fitava o horizonte cinzento e perguntava aonde esta porque não vem umedecer o ar, molhar as plantas, aguar o solo para que as sementes germinem.
Arrebenta suas gotículas no vidro da janela do quarto, torna-o cinza, azulado deixando-me ver o horizonte. Bem longe avisto o monte que a muito tempo não via.
A brisa que toca o meu rosto trás o seu frescor, o cheiro de terra e orvalho se espalham pelo ar, o clima se faz ameno, a noite vem com sereno, hoje durmo, sonho, relaxo, chega de tempo seco.
Vem chuva molhar nossos corpos, refresca minha alma, acalma o ímpeto, porque o seu conteúdo é fundamental à toda vida da terra.
Inverno quente, natureza mexida, rebuscada pelo homem, exploram todo o seu potencial e ainda cuidam mal, de onde tiram os seus sustentos.
Sofremos todos, sofro eu, sofre você, sofre o nativo, as plantas, os animais, tudo por causa do extrativismo, pela falta de civismo. Poluem, ignoram-na, mas de vez em quando, vem à tona e mostra quem de fato manda.
Quero vê quem faz a estiada findar em chuva, se a própria natureza não precipitar suas gotas sobre nós.
Bem alto ouvem-se os gritos, meninos, jovens e adultos a louvam, teu barulho é ensurdecedor, trovoadas e relampejos constantes, é festa nos Céus, é fogos no ar.
Todos querem te comemorar, águas que vem do alto, chuva de inverno, chuva miúda, águas da salvação, lava o meu corpo, mata a minha sede, não deixa secar a fonte, infiltra solo adentro, limpa o Céu cinzento, clareia o horizonte, torna o nosso dia mais azul.
Artigo escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
Umideça o ar pra que possamos respirar o aroma do vento;
ResponderExcluirPrecipita sobre nossa cabeça, lava o nosso rosto, remova o pó do tempo;
Limpa o horizonte cinzento, dose as aguas dos rios, inunde o leito do mar;
Corra pelos grotões da terra, molhe a o solo acabe de vez com a sua aridez.
Agua tão esperada, prenuncio das bençãos de Deus sobre a terra,regando o seu jardim favorito.