quinta-feira, 12 de julho de 2012

O bem acima de qualquer coisa


AINDA EXISTEM PESSOAS  DE HONRADEZ E CARÁTER

  A vida às vezes nos prega uma peça em meio aos comentários televisivos, sobre a cassação do mandato de um senador da republica acusado por ter feito uso do cargo em beneficio próprio e, ter recebido vantagens financeiras. È dado a noticia que um casal morador de rua, acharam e devolveram à policia a quantia de R$ 20 mil Reais.
  Rejaniel de Jesus Silva Santos e Sandra Regina Domingues, tal casal mora há um ano e meio debaixo de um viaduto na Zona Leste de São Paulo, ganham a vida catando papelão, e sobrevivem com uma renda média de um pouco mais de R$ 150,00 mensais. 
  Eles quase nunca têm a certeza se vão conseguir algum dinheiro para os seus sustentos. Quando conseguem catar alguns papelões para venderem e  almoçar não sabem se terão o mesmo intento para o jantar. Necessariamente não é nessa ordem.  
  No ato, quando li a reportagem dizia que eles possuíam como bens de uma vida inteira um colchão, poucas  roupas, algumas panelas e  mantimentos, que mal durariam mais que um dia.
  A rotina do casal foi quebrada durante a madrugada, os dois foram acordados pelo som de uma sirene. Saíram debaixo do viaduto para ver o que estava acontecendo e acabaram encontrando um pacote com pouco mais de R$ 20 mil, dinheiro que na situação deles, significaria uma pequena fortuna.
  Mas graças aos preceitos familiares algo que hoje em dia na nossa sociedade consumista e concorrente, encontram-se tão démodé, Rejaniel lembrou-se da frase que um dia a sua mãe lhe falou: ”nunca rouba nada do que é dos outros.”. Estas coisas não se aprendem em escolas, congressos ou universidades, vem dos ensinamentos familiares.
  Obrigado Rejaniel e Sandra com os seus exemplos, demonstra-nos que vocês seguem os ensinamentos que receberam um dia de suas famílias.
  Ressaltando que, o caráter e a honra não são conteúdos escolares, fazem parte da lição de casa e, é levado para a vida independente de como e onde se vive. Agindo desta forma vocês comprovaram que a honestidade não é matéria em extinção e que, a ganância pelo dinheiro não contaminou a alma e o coração de todos, apenas de alguns.
  Gestos como este, para alguns possa parecer de pessoas fracassadas, mas me enche de orgulho e empolgação embora não os conheça. Vocês fazem parte daquele grupo de pessoas seletas, talvez isso explique porque você traz no seu sobrenome estes nomes mundialmente conhecidos, Jesus, Santos e Silva, enobrecendo a alma do ser humano.
  Muitas pessoas que possuem residência fixa, que tem bons empregos, estudaram em boas escolas, não teriam um gesto tão nobre. Certa feita ocorreu-me ao colocar crédito no celular, digitei um numero errado e quando percebi o erro imediatamente liguei para o numero na tentativa de reverter o erro. Do outro lado atendeu uma voz feminina, expliquei-lhe o ocorrido, a pessoa assim me respondeu azar seu e sorte minha eu estava mesmo precisando. E olha que se tratava de uma quantia bem menor.
  Deus nos dá o dia  a noite, a sombra  o sol, a chuva  a estiada, o vento  a brisa, esperando de nós uma única coisa, o bem querer e a boa convivência entre os povos da terra, mas o Homem com a sua ganância e  perversidade  estão deixando de perceberem todas estas coisas, porque  focam apenas nos bens materiais, causando a sua própria destruição.

      
Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Para a nossa alegria


                                                           Para a nossa alegria

   Muitas vezes em nossa vida abandonamos as nossas origens, esquecemos de onde viemos, ignoramos os nossos amigos e tripudiamos a nossa sorte, porque nos achamos acima do bem e do mal., mas Deus na sua extrema sabedoria e num gesto simples de humildade, resolve dar-nos um chaqualhão daqueles que só os bons pais dão em vossos filhos.
   Tudo isso para dizer-nos, Filhos meus porque tens agido com tanto prodígio, tu achas que não tenho visto os teus intentos, não faças obras em beneficio próprio, sabes bem o quanto há pessoas carentes que anseiam um gesto nobre de amor.
   Tenho confiado a ti muitas coisas porque sei das tuas angustias e não quero que percas a esperança, afinal todos estes anos tenho lhe preparado para servir aos meus filhos queridos, a quem os tem como irmãos.
   Quero que saibas o quanto és merecedor de todas as glórias, a qual herdou dos teus ancestrais, e eu o teu Deus. Deus de todas as nações que te antecedera conheço bem a natureza humana, sei dos teus percalços, das tuas fragilidades, dos teus temores, rogo a ti as convicções e as esperanças dos teus antepassados, afim de que possa compadecer-se por eles.
    Espero que cumpra a tua missão. Não desista afinal quem nunca errou. Só não erra os temerários em tentar. Quero dizer-ti que mesmo tendo esquecido de agradecer-me em teus instantes de glória, hoje eu estou aqui, para servir-lhe de ancoradouro e quero que saibas também que, sob a luz do sol que coloquei para aquecer os teus dias, filho algum sentir-se-á órfãos de pai e mãe.
   Andantes nestas idas e vindas muitas vezes, coincidem da gente encontrar e desencontrar os nossos semelhantes e, algumas vezes deixamos algo nas suas vidas ou trazemos alguma coisa das suas vidas para as nossas.
   Como é gostoso esta magia que as inter-relações proporciona à cada um de nós pois, não há momento perdido, em todo instante ocorrem esta troca e, assim podemos doar afetos e receber afeições.
   Compadeçam-se uns aos outros, mesmo não estando no rol das tuas prioridades, coloco-me a tua inteira disposição. Sabes onde me encontrar, só posso estender as mãos para aqueles que realmente têm a convicção da minha existência, nas tuas duvidas e nos teus temores, denotam a tua fraqueza e a falta da fé.
   Jamais permita que a ambição e a predileção pelos bens materiais corrompam o teu coração, entenda que para vir a mim, não é preciso prata, nem ouro, luxos ou jóias, dispam-se de todas as maculas, abrande o teu coração, põem alegria em teu viver e terás galardão seguro.

Artigo escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

domingo, 1 de julho de 2012

A ação e a nossa reação

                                            Caminhadura, a dura caminhada


 Jovens perseverantes em seus sonhos, perdidos em suas fantasias, despeitam a realidade, não temem os riscos ainda que o perigo seja eminente ignora-os, parecem inconsequentes nas tuas realidades às vezes tão irreais.
Quando jovem também fazíamos as mesmas coisas, tínhamos as mesmas duvidas, violávamos as mesmas condutas, deixávamos tudo por conta do destino, causávamos aflitos em nossos pais.
Talvez esta seja uma das grandes virtudes da vida, podermos olhar para trás e reconhecer os nossos desatinos. Precisamos ser muito sensato, termos coragem para reconhecer que também fizemos as mesmas coisas, que também causávamos indignação em tantas pessoas, principalmente em nossas fiéis escudeiras, as nossas mães.
Querem mudar o mundo, mas também não sabem qual modelo de mundo querem, são contra normas, mas não apresentam alternativas, são anarquistas, mas não tem causas, dilapidam valores, mas evocam a tua predileção.
Rebeldes sem causa, heróis sem medalha, sonhadores, querem o mundo aos seus pés, mas  sem responsabilizar-se, sem ter o que fazer dele. Juventude sinônimo de transgressão, muitas vezes veem teus sonhos abalados, os teus direitos imputados pelas tuas intolerâncias.
Ainda restam-lhes direitos salvaguardados, é dever da família, são lhes garantido prioridades, tens tratamento humanitário garantidos em leis, mas afinal resta nos fazer lhes está pergunta que a faço agora.    O que querem vocês? Não lutaram por nada e recebem tratamento privilegiado.
 Há algum tempo atrás a família opinava, em o jovem ter que trabalhar ou estudar, logicamente que tal decisão estaria embasada no desempenho e na afinidade escolar, diante da necessidade familiar poucos eram os que seguiam em frente com os estudos.
O reflexo disso desemboca no surgimento de uma geração castrada de conteúdos  político e filosófico, poucos serão os vocacionados para tais propósitos, afinal filosofia e política tornam-se tão intrínsecos, que pondo ao lado o pensamento matemático e o metalinguístico, nossos jovens os trucidam.
 O mundo virtual contrasta com o mundo real, escreve errado e aproveitando-se da velocidade da comunicação digital fazendo desta deficiência  o seu contexto. E o pior os caretas e antiquados são aqueles que tentam corrigi-los e, com isso estamos assistindo à depreciação de um dos valores mais sagrado que comprova a existência de um povo, a linguagem e a escrita.
 Estamos perdendo a identidade cultural  para o mundo virtual e globalizado que não tem fronteira, não tem princípios, nem compromisso com a cultura, com a  moral e a ética.
Temo ser tardia as nossas tomadas de decisões, estamos reféns da prosopopeia institucionalizada, é ridículo, mas, porém muito verdadeiro, tornamo-nos espectadores de algo tão surreal, herdamos o vicio paternalista e acabamos por aceitar que os nossos legisladores incumbissem-se de tratar o assunto educação familiar na forma da lei, com isso os pais perdem o vigor.
Como se não bastassem diariamente convivemos com as violências entre os jovens que travam uma verdadeira batalha campal nas portas das escolas, nas ruas próximas dos estádios de futebol, em praças aonde ocorrem eventos. Jovens que muitas vezes ceifam a vida do outro por banalidades e Tudo isso é mostrado ao vivo e em cores através dos veículos de comunicação.
Faz- se necessário a sociedade civil mobilizar para discutir um pacto social legitimado, aonde explicite parâmetros,  quais são os deveres da família  na educação dos jovens, quais são as funções do estado e o real papel da escola  numa sociedade proeminente, com  requintes de burguesia  mas com nuances do império, onde o rei e seus amigos usufrui de todos os privilégios da corte  e, ao povo compete conviver com as precariedades e as deficiências do sistema que cada dia mais gera conflitos tão latentes.
 Diante desta  realidade há a necessidade de tratarmos a educação como prioridade nacional, quem sabe possamos inverter as prioridades, colocarmos a pessoa, o ser, diante do verbo ter e deixarmos de discutir a educação somente em ocasiões eleitorais. A inexistência da cultura leva ao desencadeamento da violência,
aonde houver cultura haverá também racionalidade e bom senso.

   Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
   Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
   Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
   Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp 

A Hora do Adeus


                                  O meu  Adeus  à esse grande Amigo
 Muito obrigado amigo por permitir que eu fizesse parte da sua vida, quantas vezes brincamos juntos,quantas vezes estudamos juntos, quantas caminhadas e tantas jornadas pudemos desfrutar da sua companhia.
   Hoje com certeza, seus pais, seus três irmãos estão em festa no céu aguardando a sua chegada, pois tenho certeza que pelo bom homem que você foi, pelo amigo que tive o privilégio de conhecer é para lá que você vai.
  Tenha certeza amigo, que embora a vida tenha nos dispersado em virtude de tantas buscas e tantos afazeres, você fez  moradia eterna no meu coração.
   Recordo-me de cada instante, cada segundos vividos em sua companhia, dos nossos desejos de trabalhar para ajudar os nossos pais, lembro-me das convicções que tínhamos da nossa amizade, até a jura que  
fizemos um dia, que se preciso fosse daríamos a vida na defesa um do outro.
   Desculpa-me amigo, sei que não fiz a minha parte, não estive do seu lado nos teus momentos de angustias, não estive presente no seu momento de dor, o trabalho impediu-me de participar do seu cortejo, mais uma vez o destino nos separou derradeiramente pela  ultima vez.
    Muitas vezes  tinha a impressão que a qualquer instante sobraria um tempo para lhe visitar, mas agora sei mesmo que tenha tempo não há mais o amigo pra ser  visitado.
   As poucas vezes que estive com você depois que cada um de nós ter tomado rumos incertos, foram  casualidades, sei que nas coisas de Deus não há mero acaso, todas as vezes que pude vê-lo fiz  questão de abraçá-lo e  deixar transparecer o grande apreço e a grande estima que tenho por você.
Mas o que é a vida? Pergunto-me constantemente, mas nunca tenho uma resposta para tal pergunta.
    Diante a essa incisiva, o fundamental é viver para saber o que foi a vida para cada um e, para nós  meu amigo a vida é um enigma, nunca me contou qual seria os seus sonhos ou o que pretendia da vida. Talvez resida ai um dos mistérios da vida, se vivermos sem perseguir os nossos sonhos, vivemos por viver. Se sonharmos e vivermos em busca das suas realizações damos sentido à vida.
    Confesso que vivi e vivo nas busca das realizações dos meus sonhos, mas os meus sonhos não são meus, meus sonhos são sonhos coletivos e espero não viver um sonho de um sonhador, quero viver, sonhar e realizar todos os meus sonhos, mas quando vejo um amigo partir sinto que estão se esvaecendo partes dos meus sonhos.
    Vá com Deus meu amigo e tenha certeza que teus pais e teus irmãos consanguíneos ou de fé o receberão com alegria e, não deixará tristeza alguma para trás e sim saudades de um viajante, que um dia  no nosso rincão tivemos o privilégio de convivermos juntos e compartilhar um pouco dos seus saberes com os seus amigos, amigos para sempre. “In memória do saudoso amigo Osvaldo de Farias, sepultado em 30/06/2012”.

   
                             Homenagem  do professor Rosalvo Silva Filho ao eterno amigo