Jovens perseverantes em seus sonhos, perdidos em
suas fantasias, despeitam a realidade, não temem os riscos ainda que o perigo seja
eminente ignora-os, parecem inconsequentes nas tuas realidades às vezes tão
irreais.
Quando jovem
também fazíamos as mesmas coisas, tínhamos as mesmas duvidas, violávamos as
mesmas condutas, deixávamos tudo por conta do destino, causávamos aflitos em
nossos pais.
Talvez esta seja
uma das grandes virtudes da vida, podermos olhar para trás e reconhecer os nossos
desatinos. Precisamos ser muito sensato, termos coragem para reconhecer que também
fizemos as mesmas coisas, que também causávamos indignação em tantas pessoas,
principalmente em nossas fiéis escudeiras, as nossas mães.
Querem mudar o
mundo, mas também não sabem qual modelo de mundo querem, são contra normas, mas
não apresentam alternativas, são anarquistas, mas não tem causas, dilapidam
valores, mas evocam a tua predileção.
Rebeldes sem
causa, heróis sem medalha, sonhadores, querem o mundo aos seus pés, mas sem responsabilizar-se, sem ter o que fazer dele.
Juventude sinônimo de transgressão, muitas vezes veem teus sonhos abalados, os
teus direitos imputados pelas tuas intolerâncias.
Ainda restam-lhes
direitos salvaguardados, é dever da família, são lhes garantido prioridades,
tens tratamento humanitário garantidos em leis, mas afinal resta nos fazer lhes
está pergunta que a faço agora. O que
querem vocês? Não lutaram por nada e recebem tratamento privilegiado.
Há algum tempo atrás a família opinava, em o
jovem ter que trabalhar ou estudar, logicamente que tal decisão estaria
embasada no desempenho e na afinidade escolar, diante da necessidade familiar
poucos eram os que seguiam em frente com os estudos.
O reflexo disso
desemboca no surgimento de uma geração castrada de conteúdos político e filosófico, poucos serão os
vocacionados para tais propósitos, afinal filosofia e política tornam-se tão
intrínsecos, que pondo ao lado o pensamento matemático e o metalinguístico,
nossos jovens os trucidam.
O mundo virtual contrasta com o mundo real, escreve
errado e aproveitando-se da velocidade da comunicação digital fazendo desta
deficiência o seu contexto. E o pior os
caretas e antiquados são aqueles que tentam corrigi-los e, com isso estamos
assistindo à depreciação de um dos valores mais sagrado que comprova a
existência de um povo, a linguagem e a escrita.
Estamos perdendo a identidade cultural para o mundo virtual e globalizado que não tem
fronteira, não tem princípios, nem compromisso com a cultura, com a moral e a ética.
Temo ser tardia
as nossas tomadas de decisões, estamos reféns da prosopopeia
institucionalizada, é ridículo, mas, porém muito verdadeiro, tornamo-nos
espectadores de algo tão surreal, herdamos o vicio paternalista e acabamos por
aceitar que os nossos legisladores incumbissem-se de tratar o assunto educação familiar
na forma da lei, com isso os pais perdem o vigor.
Como se não
bastassem diariamente convivemos com as violências entre os jovens que travam uma
verdadeira batalha campal nas portas das escolas, nas ruas próximas dos
estádios de futebol, em praças aonde ocorrem eventos. Jovens que muitas vezes
ceifam a vida do outro por banalidades e Tudo isso é mostrado ao vivo e em
cores através dos veículos de comunicação.
Faz- se
necessário a sociedade civil mobilizar para discutir um pacto social legitimado,
aonde explicite parâmetros, quais são os
deveres da família na educação dos
jovens, quais são as funções do estado e o real papel da escola numa sociedade proeminente, com requintes de burguesia mas com nuances do império, onde o rei e seus
amigos usufrui de todos os privilégios da corte
e, ao povo compete conviver com as precariedades e as deficiências do
sistema que cada dia mais gera conflitos tão latentes.
Diante desta realidade há a necessidade de tratarmos a
educação como prioridade nacional, quem sabe possamos inverter as prioridades,
colocarmos a pessoa, o ser, diante do verbo ter e deixarmos de discutir a
educação somente em ocasiões eleitorais. A inexistência da cultura leva ao
desencadeamento da violência,
aonde houver cultura haverá também
racionalidade e bom senso.
Artigo escrito pelo Profº
Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências
Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde
e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em
Matemática pela Unioesp
Um povo só transforma numa nação, quando os seus valores, culturais,éticos e humanos tornar-se preponderante.
ResponderExcluir