domingo, 1 de julho de 2012

A ação e a nossa reação

                                            Caminhadura, a dura caminhada


 Jovens perseverantes em seus sonhos, perdidos em suas fantasias, despeitam a realidade, não temem os riscos ainda que o perigo seja eminente ignora-os, parecem inconsequentes nas tuas realidades às vezes tão irreais.
Quando jovem também fazíamos as mesmas coisas, tínhamos as mesmas duvidas, violávamos as mesmas condutas, deixávamos tudo por conta do destino, causávamos aflitos em nossos pais.
Talvez esta seja uma das grandes virtudes da vida, podermos olhar para trás e reconhecer os nossos desatinos. Precisamos ser muito sensato, termos coragem para reconhecer que também fizemos as mesmas coisas, que também causávamos indignação em tantas pessoas, principalmente em nossas fiéis escudeiras, as nossas mães.
Querem mudar o mundo, mas também não sabem qual modelo de mundo querem, são contra normas, mas não apresentam alternativas, são anarquistas, mas não tem causas, dilapidam valores, mas evocam a tua predileção.
Rebeldes sem causa, heróis sem medalha, sonhadores, querem o mundo aos seus pés, mas  sem responsabilizar-se, sem ter o que fazer dele. Juventude sinônimo de transgressão, muitas vezes veem teus sonhos abalados, os teus direitos imputados pelas tuas intolerâncias.
Ainda restam-lhes direitos salvaguardados, é dever da família, são lhes garantido prioridades, tens tratamento humanitário garantidos em leis, mas afinal resta nos fazer lhes está pergunta que a faço agora.    O que querem vocês? Não lutaram por nada e recebem tratamento privilegiado.
 Há algum tempo atrás a família opinava, em o jovem ter que trabalhar ou estudar, logicamente que tal decisão estaria embasada no desempenho e na afinidade escolar, diante da necessidade familiar poucos eram os que seguiam em frente com os estudos.
O reflexo disso desemboca no surgimento de uma geração castrada de conteúdos  político e filosófico, poucos serão os vocacionados para tais propósitos, afinal filosofia e política tornam-se tão intrínsecos, que pondo ao lado o pensamento matemático e o metalinguístico, nossos jovens os trucidam.
 O mundo virtual contrasta com o mundo real, escreve errado e aproveitando-se da velocidade da comunicação digital fazendo desta deficiência  o seu contexto. E o pior os caretas e antiquados são aqueles que tentam corrigi-los e, com isso estamos assistindo à depreciação de um dos valores mais sagrado que comprova a existência de um povo, a linguagem e a escrita.
 Estamos perdendo a identidade cultural  para o mundo virtual e globalizado que não tem fronteira, não tem princípios, nem compromisso com a cultura, com a  moral e a ética.
Temo ser tardia as nossas tomadas de decisões, estamos reféns da prosopopeia institucionalizada, é ridículo, mas, porém muito verdadeiro, tornamo-nos espectadores de algo tão surreal, herdamos o vicio paternalista e acabamos por aceitar que os nossos legisladores incumbissem-se de tratar o assunto educação familiar na forma da lei, com isso os pais perdem o vigor.
Como se não bastassem diariamente convivemos com as violências entre os jovens que travam uma verdadeira batalha campal nas portas das escolas, nas ruas próximas dos estádios de futebol, em praças aonde ocorrem eventos. Jovens que muitas vezes ceifam a vida do outro por banalidades e Tudo isso é mostrado ao vivo e em cores através dos veículos de comunicação.
Faz- se necessário a sociedade civil mobilizar para discutir um pacto social legitimado, aonde explicite parâmetros,  quais são os deveres da família  na educação dos jovens, quais são as funções do estado e o real papel da escola  numa sociedade proeminente, com  requintes de burguesia  mas com nuances do império, onde o rei e seus amigos usufrui de todos os privilégios da corte  e, ao povo compete conviver com as precariedades e as deficiências do sistema que cada dia mais gera conflitos tão latentes.
 Diante desta  realidade há a necessidade de tratarmos a educação como prioridade nacional, quem sabe possamos inverter as prioridades, colocarmos a pessoa, o ser, diante do verbo ter e deixarmos de discutir a educação somente em ocasiões eleitorais. A inexistência da cultura leva ao desencadeamento da violência,
aonde houver cultura haverá também racionalidade e bom senso.

   Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
   Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
   Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
   Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp 

Um comentário:

  1. Um povo só transforma numa nação, quando os seus valores, culturais,éticos e humanos tornar-se preponderante.

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