segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Seres iluminados que candeia as nossas vidas

                                 Seres iluminados que candeia as nossas vidas


Que bom estarmos perto das pessoas que irradiam sua luz sobre nós, seres escolhidos para propagar pela terra a luz divina. Sabemos que são poucos, mas como os raios de luz possuem uma alta amplitude, vários serão os seres luminosos.
Este mundo há mais de dois mil anos recebeu a visita de um grande cometa, que por onde passou deixou o seu rastro de luz, fizera questão de andar entre os alumes para que estes saíssem das trevas e conhecessem a luz do mundo.
Ainda hoje há entre nós pessoas abençoadas, não que sejam cometa, mas são especiais, prontas para disseminarem entre os homens fachos de luz, com um único intuito, para que possamos ter uma vida menos atribulada. Viver intensamente, amando a tudo sem que tenhamos adoração aos bens materiais, aprender a perdoar, repudiar o ódio ou quaisquer pensamentos vãos, respeitar todas as formas de vida, estabelecendo entre elas a protocooperação, sem que haja privilégios algum, onde todos possam ser favorecidos.
Por sorte ou destino quem nunca caminhou ao lado de seres assim, jamais saberá do que estou falando, ser contagiado pela aura dos seres iluminados é de fato motivador demais, dá-nos a certeza de que Deus sempre quer o melhor para nós, se porventura sofremos, não é pela vontade dele, e sim pelas escolhas que fazemos.
A luz que lhe conduz a saída das trevas é apenas um filetezinho para aqueles de coração rude, mas todo aquele que traz consigo a paz interior e deseja ao semelhante o amor, a harmonia e o bem comum, a estes serão veredas radiante.
Mesmo que andares por terras desconhecidas vá adiante não temas as sinuosidades do caminho, afinal o senhor dos senhores não galgou apenas as planícies, atravessou rios e montes, mares e montanhas, pisou sobre pedras e espinhos, caminhou na vastidão da noite até ao romper da aurora, andou sob a luz do sol e viste surgir à alvorada, conquistou corações e foste também desprezado,
embora diante de tantos desafios seguiste adiante.
Porque nós haveremos de parar, aquele que caminha de encontro à luz conhecerá a sua própria sorte, frustrar-se diante das dificuldades é pretenso suposto de quem não crê em si próprio. O homem não é bom por apenas um instante, o bom homem é para todo o sempre, mesmo quando não estiver dentre os nascidos, sua obras falarão por ti, tocando os corações daqueles que por elas também lhes conhecerão.
Nossos amigos irmanam-se seguindo os teus preceitos, condensam-se aos iluminados formando os raios de luz que lampejam tornando o breu da noite num reluzir do dia.



Artigo escrito pelo Prof. Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Prof. José A. Vieira Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp

sábado, 19 de novembro de 2011

O que lhe ofusca os olhos enrubesce o coração

         O QUE LHE OFUSCA OS OLHOS ENRUBESCE O CORAÇÃO

   Minha cor é escura não é por acaso! Mas por uma questão de adaptação e evolução. Assim como todas as espécies existentes, os meus ancestrais também tiveram que, desenvolver mecanismos, os quais permitissem suportarem as altas temperaturas e, a grande exposição ao sol. As nossas peles são escuras devido à grande produção de melanina que dar-nos a proteção natural contra os raios ultravioleta.
   Reparem também que, os nossos olhos são escuros, devido a grande quantidade de luz absorvida pela retina e, os nossos corpos possuem poucas pelugens, nossas cabeças há poucos cabelos por causa da grande perda de água que sofremos.
   O sol ofuscante que lhes cegam os olhos, incidem seus raios sobre nós, permitindo-lhes que, visualizem a beleza da nossa cor. Dizem por ai que a cor escura denota-nos a ausência das cores. Houve até quem dissesse que o fato de termos os cabelos carapinhos, tínhamos a capacidade intelectual reduzida.
   Na terra dos meus ancestrais, havia infinitas riquezas, minerais que eles usavam como ornamentos aos seus corpos. Despojados dos valores econômicos, usavam ouros, diamantes, rubis e safiras, como adereços, quanto maior as pepitas mais exuberantes encontravam-se diante das suas tribos.
   Homens, mulheres e crianças admiravam a natureza, desfrutavam de todo seu potencial, sem devastação caçavam e pescavam o necessário para suprir os aldeões. Jamais se esqueceram dos regojizos aos Deuses, pelo alimento, pela saúde, pelo nascimento e até mesmo pelas bravuras dos novos guerreiros e caçadores.
   O conhecimento que esse povo acumulou, desde a produção do fogo até a cura através das ervas medicinais, contribuem hoje para homem moderno. Os seus costumes poderão ser observados em diversas partes do planeta.
   Esses povos foram tirados de suas terras para que, em terras alheias fossem forçados a trabalharem de sol a sol sob chibatadas e acorrentados. Os grilhões agora eram seus ornamentos, as cangas eram suas armaduras e, suas vidas já não os pertenciam. A fogo quente receberam as insígnias dos seus proprietários.
   Viraram objetos e foram leiloados em lotes como produtos. Navios negreiros traziam vidas esvaecidas de sonhos e liberdades, onde a carga principal eram os negros imputados da condição humana, a senzala a partir de então será o seu lugar.
   Negros proibidos de serem gentes, negros proibidos de sorrir, negros sem direito de sonhar, sem ter liberdade, sem ter harmonia, negros eram os navios negreiros que os traziam, sem terem esperanças morriam no cais ao desembarcarem.
   Que mal fizeste o negro? Quem sabe a tua diferença provocava os hipócritas da corte. Incapazes de produzirem, prosperarem pelos seus próprios méritos, necessitaram dos sacrifícios dos negros, dos seus trabalhos forçados, obrigando-os a pegarem nas inchadas, ararem a terra, semear, plantar, colher e armazenar. Assim como os negros fizeram nessa imensidão de terra, homem algum o fará.
   Mesmo aqueles que fingem não saber da dívida histórica que, a nossa pátria tem com os negros, há pessoas que fazem questão de clarear a raça, criando pseudônimos como: moreno, pardo, mulato, mameluco, cafuzo. Jamais tirarão as nossas origens, somos negros na cor e afros descendentes, por extradição.
   Assim como nossos ancestrais adaptaram-se ao clima, os nossos antepassados também sobrepuseram as condições desumanas lhes impostas. Nossos contemporâneos devem apropriar-se das condições herdadas e levar às gerações futuras, as experiências por eles vívidas que, constem na linha do tempo, nos livros de histórias os relatos de um povo que não se dizimou porque foram capazes de adaptar-se ao ambiente e criar o seu próprio ecossistema.

Artigo escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho Formado em
Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Realeza, República e Pobreza

                             Realeza, República e Pobreza

   Olá meus amigos, alunos, companheiros de jornadas, colegas de trabalho e ilustríssimos leitor, é com entusiasmo que redijo este artigo, pois justamente no mês que comemoramos o centésimo vigésimo segundo aniversário da República. Proclamada a partir dos interesses oligárquicos sentindo-se traídos pela monarquia, devido a abolição dos escravos.
   Por parte dos clérigos,descontentes com algumas interferências da monarquia que por inúmeras vezes, violara as orientações papal, quando puniam seguidores da ordem, envolvidos com a maçonaria.
   Pelos militares que após a guerra do Prata e do Paraguai, perceberam que seu papel diante das incursões na defesa dos interesses monárquicos, não haviam lhes rendido nenhum beneficio e, ainda pesavam sobre eles o fim das promoções militares e a proibição de manifestarem publicamente, instituindo a lei da mordaça.
   Com a publicação da lei Áurea criou-se uma multidão de ex-escravos com sua carta alforria em mãos mas, sem nenhum reparo moral ou legal, pelos danos causados aos quase quatrocentos anos na vida de um povo que fora extraditados da sua pátria e submetidos aos serviços forçados, vivendo em cativeiro, tratados como animais e vistos como uma grande força de trabalho, capaz de suprir os interesses da coroa Portuguesa no Brasil.
   Além disso, a propalada proclamação da República, ocorreria num clima de exclusão das camadas sociais, sem a representação dos pequenos e médios agricultores (mini e médio latifundiário), com a ausência dos artesões precursores da economia liberal subjacente e do negro alforriado, desqualificados socialmente, dotados apenas da sua mão-de-obra sem abrigo e trabalho, discriminados pela aristocracia promotora das mudanças, vão formar a massa excludentes, sendo a mão de obra barata que, fortalecerão posteriormente o sistema capitalista .
   Herdamos uma República com todos os contraditórios do Brasil Imperial, todavia com seus abusos econômicos, excessos de poderes e viciosos conchavos políticos que beneficiavam os nobiliárquicos da República remanescente, os Barões, Duques e Marquesas.
   É essa República a qual vivenciamos em nossos dias, trocando os títulos nobres pela figura dos banqueiros, empresários influentes em determinados segmentos, com representatividade política e fundamentação em todas as esferas dos poderes Republicanos: Senado, Judiciário e no Congresso Nacional na câmara dos deputados.
   Trocando a figura dos pequenos e médios agricultores pela figura do profissional liberal ou micro e médio empresário que, além de pagarem uma alta taxa tributária, ainda são penalizados pelas regras estabelecidas através das leis trabalhistas, pagando uma carga tributária semelhante aos grandes empregadores.
   O negro alforriado, mão de obra excludente e excedente, compara-se com aqueles que possuem certificação do segundo grau sem, especialização alguma que dentro do sistema capitalista possuem uma função importante, suprem a demanda trabalhista dos grandes e médios empregadores, que aos poucos foram substituindo profissionais como, torneiros mecânicos, ajustadores mecânicos, soldadores, pela robótica.
   Não necessitando de especialistas e sim de operadores com, noções básicas de informática para programarem ou trocarem os ferramentais das máquinas.
   A República Federativa do Brasil ainda carece de reparos cruciais, devemos aprender com os erros do passado, desenvolver praticas inclusivas onde possa o negro, a mulher,o nordestino, o cidadão comum possam ocuparem cargos estratégicos nas grandes corporações.
   Propiciar condições para que os filhos da classe trabalhadora possam ter acesso ao ensino público de qualidade em todos os níveis da educação básica a superior com isso diminuirá substancialmente as desigualdades sociais, não será possível falarmos em democracia num país que possui uma população de 190 milhões de Brasileiros, onde 10% da população concentrem 44% da renda nacional e 31% da população vivem com uma renda de no máximo R$ 770,00.
   Portanto, estamos diante de um dilema, como distribuir renda não significa expropriar os bens daqueles que os detém e sim, criar mecanismos que minimizem as lacunas existentes destinando mais recursos aos programas sociais como, o bolsa família implementando um novo parâmetro, não o de mera freqüência escolar, devemos ter o cuidado para não cair num circulo vicioso do paternalismo ou assistencialismo.
   Quaisquer programas sociais, associados aos índices escolares devem valorizar o desempenho individual, estimulando a busca pelo conhecimento, garantindo ascensão social, inter-relacionado ao sucesso escolar e ao aumento da permanência na escola.


Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
   Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
   Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
   Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.