quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Realeza, República e Pobreza

                             Realeza, República e Pobreza

   Olá meus amigos, alunos, companheiros de jornadas, colegas de trabalho e ilustríssimos leitor, é com entusiasmo que redijo este artigo, pois justamente no mês que comemoramos o centésimo vigésimo segundo aniversário da República. Proclamada a partir dos interesses oligárquicos sentindo-se traídos pela monarquia, devido a abolição dos escravos.
   Por parte dos clérigos,descontentes com algumas interferências da monarquia que por inúmeras vezes, violara as orientações papal, quando puniam seguidores da ordem, envolvidos com a maçonaria.
   Pelos militares que após a guerra do Prata e do Paraguai, perceberam que seu papel diante das incursões na defesa dos interesses monárquicos, não haviam lhes rendido nenhum beneficio e, ainda pesavam sobre eles o fim das promoções militares e a proibição de manifestarem publicamente, instituindo a lei da mordaça.
   Com a publicação da lei Áurea criou-se uma multidão de ex-escravos com sua carta alforria em mãos mas, sem nenhum reparo moral ou legal, pelos danos causados aos quase quatrocentos anos na vida de um povo que fora extraditados da sua pátria e submetidos aos serviços forçados, vivendo em cativeiro, tratados como animais e vistos como uma grande força de trabalho, capaz de suprir os interesses da coroa Portuguesa no Brasil.
   Além disso, a propalada proclamação da República, ocorreria num clima de exclusão das camadas sociais, sem a representação dos pequenos e médios agricultores (mini e médio latifundiário), com a ausência dos artesões precursores da economia liberal subjacente e do negro alforriado, desqualificados socialmente, dotados apenas da sua mão-de-obra sem abrigo e trabalho, discriminados pela aristocracia promotora das mudanças, vão formar a massa excludentes, sendo a mão de obra barata que, fortalecerão posteriormente o sistema capitalista .
   Herdamos uma República com todos os contraditórios do Brasil Imperial, todavia com seus abusos econômicos, excessos de poderes e viciosos conchavos políticos que beneficiavam os nobiliárquicos da República remanescente, os Barões, Duques e Marquesas.
   É essa República a qual vivenciamos em nossos dias, trocando os títulos nobres pela figura dos banqueiros, empresários influentes em determinados segmentos, com representatividade política e fundamentação em todas as esferas dos poderes Republicanos: Senado, Judiciário e no Congresso Nacional na câmara dos deputados.
   Trocando a figura dos pequenos e médios agricultores pela figura do profissional liberal ou micro e médio empresário que, além de pagarem uma alta taxa tributária, ainda são penalizados pelas regras estabelecidas através das leis trabalhistas, pagando uma carga tributária semelhante aos grandes empregadores.
   O negro alforriado, mão de obra excludente e excedente, compara-se com aqueles que possuem certificação do segundo grau sem, especialização alguma que dentro do sistema capitalista possuem uma função importante, suprem a demanda trabalhista dos grandes e médios empregadores, que aos poucos foram substituindo profissionais como, torneiros mecânicos, ajustadores mecânicos, soldadores, pela robótica.
   Não necessitando de especialistas e sim de operadores com, noções básicas de informática para programarem ou trocarem os ferramentais das máquinas.
   A República Federativa do Brasil ainda carece de reparos cruciais, devemos aprender com os erros do passado, desenvolver praticas inclusivas onde possa o negro, a mulher,o nordestino, o cidadão comum possam ocuparem cargos estratégicos nas grandes corporações.
   Propiciar condições para que os filhos da classe trabalhadora possam ter acesso ao ensino público de qualidade em todos os níveis da educação básica a superior com isso diminuirá substancialmente as desigualdades sociais, não será possível falarmos em democracia num país que possui uma população de 190 milhões de Brasileiros, onde 10% da população concentrem 44% da renda nacional e 31% da população vivem com uma renda de no máximo R$ 770,00.
   Portanto, estamos diante de um dilema, como distribuir renda não significa expropriar os bens daqueles que os detém e sim, criar mecanismos que minimizem as lacunas existentes destinando mais recursos aos programas sociais como, o bolsa família implementando um novo parâmetro, não o de mera freqüência escolar, devemos ter o cuidado para não cair num circulo vicioso do paternalismo ou assistencialismo.
   Quaisquer programas sociais, associados aos índices escolares devem valorizar o desempenho individual, estimulando a busca pelo conhecimento, garantindo ascensão social, inter-relacionado ao sucesso escolar e ao aumento da permanência na escola.


Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
   Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
   Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
   Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.



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