quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vidas que se Cruzam

Vidas que se cruzam

  A expectativa de começar a escrever este texto é muito grande, me preocupa a idéia central,o objetivo principal é estabelecer a importância de nossas vidas em comunicação
com o mundo, ou de forma mais direta o nosso relacionamento com o próximo isto mesmo com aquele/a que esta ao nosso lado independentemente de onde estivermos.
  Comecei a imaginar os nossos traços pelo mundo as nossas marcas, aquilo que nos é peculiar, algo que de chofre denota que estivemos naquele local.      
  Passei a pensar a importância do fiandeiro tecendo uma rede de pesca;
  Pensei na importância do pedreiro construindo uma parede pondo tijolos sobre tijolos;
  Pensei no médico cirurgião vascular quão minucioso é lidar com os vasos, capilares, veias e artérias;
 Pensei no professor que ensina, alfabetiza, prepara os seus pupilos a alçar vôos cada vez mais altos, longínquos e seguros.  
 Cada profissional independente o seu grau de instrução, quando exerce a sua atividade com primor, destreza e maestria deixarão estampadas as suas marcas, o sinal que lhe é peculiar.
  O bom fiandeiro jamais deixara visível o ponto onde houve a fusão entre o começo e o fim entre as linhas.
 O bom pedreiro é aquele que conhecendo o terreno onde edificara as paredes procurará alicerçar corretamente para que as paredes não se inclinem.
 O bom cirurgião é aquele que usa o bisturi com tamanha precisão, tornando quase que imperceptível a região suturada.  
 O bom professor é aquele que conta um conto com encanto, e  ensina as artes, as ciências humanas e biológicas, a literatura, a matemática,
o faz sempre tendo como agente principal a pessoa humana.
 Enfim seja lá qual for a sua área de atuação, se não a faz com prazer e satisfação, se o foco for o ter, a busca desenfreada pela mais valia, pela vaidade,
pelo status quo, será como remar contra a maré, terá que desprender tamanha força para vencer as ondas.
 Totalmente ao contrário ocorre quando temos o ser humano em nossos objetivos, o vento soprara a nosso favor, quando realizamos algo com prazer a energia desprendida é tamanha que logo mobilizaremos mais e mais adeptos a seguir os nossos caminhos.
 Assim estaremos deixando as nossas contribuições para o desenvolvimento da vida na terra, estas serão as nossas marcas, pois constituiremos o nosso legado baseado somente no bem comum.
     
“Quando tu partires deixara saudade, pois as tuas obras fazem me recordar dos tempos que outrora houvera”

              Artigo escrito pelo profº Rosalvo S. Filho formado em ciências físicas e bilógicas  
              Pela faculdade Profº José A. Vieira Latus sensus em Saúde e Meio ambiente
              Pela  Universidade de lavras Formação acadêmica em Matemática  pela Unioesp.      

terça-feira, 26 de abril de 2011

A História do 1º de maio

    
A história do 1ª  de maio
  O dia 1º de maio deve ser um dia de bastante comemoração, e devemos sempre ressaltar que este dia não foi deliberado pela classe patronal e sim uma conquista através da luta do operariado, doando seu suor e sangue, houve até enforcamento e prisões perpétuas no sec.XVlll.   
  Em 1886 Chicago o principal centro industrial dos Estados Unidos  foi palco de uma intensa greve operária. Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições desumanas de trabalho que eram submetidos reivindicavam,  redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
 Como já de praxe, a imprensa patronal chamava os líderes operários de anarquistas, preguiçosos e baderneiros que buscavam criar desordens. Organizou-se uma  passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares, para mostrar que a greve era justa e, desmistificar o rótulo dado pela imprensa.
  Por todo o trajeto havia policiais posicionados, inclusive em cima dos prédios próximo ao local onde iriam realizar um grande comício. Os oradores Spies, Parsons e Fieldem pediram a união e a continuidade do movimento.
  No final da manifestação um grupo de policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram. A repressão foi aumentando num crescente sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângster pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.
 A justiça levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.
 O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago.
 Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho. 
  Como vemos a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo, a classe operária acumulava várias experiências no campo do enfrentamento. 
   A realidade nos mostra a face cruel do capital em pleno século XXl, a produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil, somente na Ásia, seriam 146 milhões de jovens e adolescentes trabalhando em situações deploráveis nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano. 
  No Brasil embora houvesse alguns avanços na área do trabalho infantil, ainda assim continuam ocorrendo, na região norte e nordeste, jovens deixam de frequentar as escolas para trabalharem em carvoarias clandestinas, nas colheitas e nas atividades pesqueiras.Percebe-se também a diferença salarial existente entre a mão de obra feminina e a masculina numa mesma atividade exercida o homem  chega a ganhar  em média 30% a mais que as mulheres, sem contar o preconceito racial nas ocupações em cargos de destaques, apenas 10%  são ocupados pelos negros e 3% pelas mulheres.
  A situação da classe trabalhadora não é fácil; nesse período houve avanços, mas a nova revolução tecnológica do final do século XX trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. 
  A redução da jornada de trabalho, a equiparação salarial em atividades correlatas entre o homem e a mulher, o fim do fator previdenciário para aqueles que ingressarão no mercado de trabalho antes de 1998, estas são algumas bandeira de luta do  movimento sindical  brasileiro, das lutas históricas passadas tornam-se essencialmente importante, como  aprendizagem para as lutas atuais e futuras.    


Parte desse texto foi retirada da historiografia do operariado.
Artigo escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho 
Formado em Ciências Físicas biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira.
Lato Sensus em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade Lavras.
Formação acadêmica em Matemática  pela Unioesp.


O verdadeiro Sentido da páscoa

                        
                        O verdadeiro Sentido da páscoa
                                              Carta aos cristãos fiéis


  É sabido por todos nós cristãos que o período da páscoa é o momento de reflexão, da busca da paz interior, do momento da congratulação e renascimento para uma nova vida.
  Assim tem sido o significado da páscoa bem antes da era cristã, no velho testamento é marcada pela libertação do povo de Israel, do Egito;
  Em comemoração a este feito cada família hebréia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, esta festa, deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a libertação da escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro apontava para o sacrifício de Cristo, (ver livro dos êxodos cap.12). O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
  Assim tinha sido o significado da páscoa bem antes da era cristão; A partir da era cristã a páscoa passou a ser substituída pela santa ceia, reforçando o milagre da multiplicação do peixe, do pão  e o vinho simbolizando o sangue de Cristo que viria a ser derramado. 
  Com o momento da penitência, com o jejum de Cristo passando 40 dias no deserto, para depois ter a sua aparição junto à sociedade; Inicia-se o período de uma nova vida.
  Portanto a abstinência a carne simboliza a pureza do corpo para o ressurgimento de um novo espírito que ressurge na fé cristã; Purificado dos seus pecados anteriores, salvo pelo gesto de reflexão, penitência e jejum.
  Ainda, irmãos na fé Cristã temos um longo desafio diante de nós, como o de desmistificar a figura do coelho cujo simbolismo é o de sobrepor a abundância do pão e do peixe.  
  Como o da festividade das comemorações que antecede a quarta feira de cinzas, que dá inicio a Quaresma, hoje tendo como este propósito o carnaval..
  A figura comercial do ovo da páscoa, cujo fundamento é simbolizar o corpo de Cristo;                           
  Com o passar do tempo estas festividades foram descaracterizando o seu real propósito. São raros os católicos que ainda guardam as tradições, poucos são os que utilizam deste período para reflexão.
  A prática do amor o gesto de solidariedade deve ser constante na vida do verdadeiro cristão; de nada adianta comprar o melhor chocolate, o maior ovo de páscoa se ao nosso redor existirem crianças que lhe falta à alimentação básica, vão a escola muito mais na busca da sua refeição, do que dos saberes necessários para sua formação cultural e de cidadania.
  Quando digo que nós estamos desfocados dos preceitos da quaresma, é porque estou cada vez mais inconformado com as desigualdades sociais, com o consumismo desenfreado que institucionaliza além da miséria, provoca à escassez dos bens naturais, incentiva a competitividade e estimula a violência.        
  Dedico-me constantemente para que o verdadeiro espírito pascal possa ressurgir em cada um de nós, em nossos corações. Que possamos entender quanto mais corremos na busca das nossas realizações pessoais, tratando-se de bens materiais ou de consumo, mais nos afastamos dos preceitos da comunhão da solidariedade e menos testemunharemos o amor fraternal, o qual Jesus Cristo nos ensinou.
           
   “A verdadeira riqueza esta contida no nosso interior, na forma de como agimos diante do nosso semelhante, o nosso olhar tangência o respeito à admiração e o carinho que temos uns pelos outros”
    

           Artigo escrito pelo Profº Rosalvo S. Filho formado em Ciências     
           Físicas biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira,
           Lato Sensus em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade Lavras,
           Formação acadêmica em Matemática pela Unioesp
     

                                  

terça-feira, 19 de abril de 2011

A visão de quem está numa zona de conflito

                                     
                                              Do outro lado do muro

  Após o episódio ocorrido na escola em realengo a educação voltou a ser tema de debate fora do horário eleitoral gratuito. Quiçá a partir deste episódio comecemos a nos preocupar com o papel da educação dentro de uma sociedade de consumo, repleta de desigualdade, disputa e violência, onde o principal sujeito deixa de ser a pessoa humana dando espaço a megalomania, onde os absurdos com maiores tenacidades ganham destaques.
  O estado gestor da educação  ao invés de investir na pessoa humana, tratar os profissionais da educação com respeito, faz exatamente ao contrário gerando desigualdades de oportunidades, estabelecendo uma prova de meritocracia, onde excluía da participação os professores ofas (ocupantes de funções administrativas), que não estivessem há três anos na ultima escola sede.
  Com isso o estado deixa claro que a prova de mérito não trata do reconhecimento dos profissionais da educação e sim estimula às desigualdades dentro da nossa categoria, criando uma divisão dentro de uma classe que merece no mínimo consideração, pois só nós professores sabemos as quantas andam as escolas da rede publica estadual.
 Olha no ano passado, coincidência ou não por ter sido ano de eleitoral, até meados de junho podia ser visto em todas as escolas placas propagando reformas dos prédios, pinturas e cobertura das quadras, com valores que chegavam chamar a atenção, pois se percebia claramente que os valores  publicados não estavam condizentes com os serviços que realmente estavam sendo prestado. 
  Há anos nós professores nos tornamos reféns dos ditames do estado, vivemos constantemente no linear da função, o estado trata com descaso a nossa condição de trabalho, ignora as superlotações das salas de aulas, faz vistas grossas em relação à função pedagógica, não leva em consideração as potencialidades dos professores, criando um senso comum que escola boa é aquele que tem um baixo índice de retenção, deixando de lado a qualidade do ensino. Basta observar os índices de retenção em uma escola que recebeu o bônus e outra que não recebeu.
    É óbvio que pra alguns pouco importa se o filho do trabalhador esta tendo uma assistência educacional a altura da que é propagado nos horários eleitoral gratuito, criou-se um mito na educação que o que importa são os números, se os indicadores nos favorecem, como é o caso do IDEB (índice de desenvolvimento da educação básica), indicador que o MEC, utiliza para aferir  o desempenho escolar dos estados brasileiros na educação básica, que tem como variável principal os índices  de aprovação, daí a razão da aprovação automática em São Paulo.                  
  Agora suscitam uma porção de sugestões de idéias mirabolantes como:  implantar detector de metais nas portas das escolas, a permanência de seguranças armados no interior das escolas. Começo eu aqui imaginar será que estamos de fato tratando o assunto com serenidade ou estamos na busca de paliativos para servir de engôdo ou é mais um marketing político. Estou vendo a hora do Serra voltar a sena sugerindo ao Alckmin três professores por sala, um para dar aula outros dois com instruções de caratê, e com técnicas em desarmamento instruído pelo FBI ou pela Swat.
 Desculpe-me o humor ao se tratar de um assunto tão sério, é que aqui no magistério Paulista nós professores somos acusados de sermos baderneiro quando pedimos melhorias nas condições de trabalho e de salário. Nós professores somos responsabilizados quando os nossos alunos vão mal no saresp.
 Afinal pra que serve o saresp? Será que é só para justificar o porquê nós professores não recebemos bônus? Porquê se tivesse outra eficácia o aluno indo mal no saresp não deveria ficar retido!

   
Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavra
Formação Acadêmica em Matemática pela Uniesp                    
              

Senhores do tempo

SENHORES DO TEMPO

  Olhando para ti estampado no seu rosto evidencio as marcas do tempo que já se foram. Cada um tem o seu próprio jeito, uns com rugas mais amenas, outros com rugas mais acentuadas, parecem que as marcas nos teus rostos transmitem o quão duro foi à vida, em tempos de outrora para alguns. Caminham lentamente como que tateando o solo, assim vão seguindo adiante.
  Outros com seu jeitinho intrépido caminham rompendo o ar demonstrando segurança, firmeza nos teus passos como quem chega para decidir; faz-me recordar do meu saudoso pai. Certamente no seu tempo jovial não se curvou diante a tantas oposições, sempre decidido, homem respeitado pela sua determinação.
  Os senhores do seu tempo, não permitem que as dificuldades do dia a dia os privem de ver a luz do sol, não perderam o hábito do despertar ao alvorecer, cumprem seu ritual, causando inveja há tantos e tantos jovens, que deixam de ver a luz do dia transpor o escuro da madrugada.
  Estes senhores vivenciaram tantos fatos, assistiram tantas cenas que se pudéssemos sentar ao seu lado, para reverberar a sua vida inteirinha, estaríamos adquirindo tanta sabedoria e experiências, que iriam nos ajudar a acertar-mos mais.
  Enfim a realidade é bem diferente eu aqui descrevendo sobre os senhores no meu tempo, pois há fatos que chamam atenção, vê-los enfrentando filas horas e horas na expectativa de ser atendido, vê-los no banco esperando passivelmente por um funcionário que possa lhes ajudar.
  Vê-los na farmácia do hospital do servidor público estadual é de causar indignação a qualquer cidadão de bom senso, após anos e anos de contribuição, dê bons serviços prestados ao estado e ao povo paulistano;    
  Os senhores ainda têm que enfrentar uma fila para pegar medicamentos que daria para serem entregues em suas casas.
  Em época de eleição, tudo é lindo e maravilhoso, falam dos atendimentos médicos, como se fossem de primeiro mundo. Citam as amas, os agendamentos de consultas por telefone, mencionam as entregas de remédios de uso contínuo em casa, o dose certa, como se de fato tudo funcionassem da forma á qual é descrita, mas a realidade é bem diferente.
  Para conseguir marcar uma consulta na rede pública de saúde é preciso ser perseverante, no hospital dos servidores públicos estadual ainda é pior a situação, pois as consultas não se marcam mais nos guichês, com o intuito de camuflar a fila de espera os agendamentos passaram a ser feitos por telefone ou pela internet, e com horário pré estabelecido a partir dás 19 h.
  O drama vivido por estes senhores nos dias atuais é de causar vergonha em qualquer cidadão quer ele seja do setor público ou privado, tamanho desrespeito ao idoso, a pessoa humana, as estes homens e mulheres que tanto serviram ao estado, dando o melhor de si no desempenho das suas funções, servidores públicos que muito se orgulham em dizer que serviram ao estado com dedicação, contribuíram para que o estado fosse de fato consolidado cumprindo o seu papel, administrativo e gerenciamento de recursos atendendo os contribuintes.

Artigo escrito pelo Profº Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Uniesp

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Homenagem Póstuma

                                              Adeus e muito obrigado

  Obrigado Senhor José de Alencar por ter referendado no ano de 2002, à aliança com os setores empresariais. O senhor foi a mola propulsora que faltava para levar o Lula a presidência da república do Brasil.
   Graças ao senhor por ter acreditado num projeto de anos e anos de aspirações,
Por ter entendido, que não se tratava de um projeto de expropriação dos bens, que não se tratava de um projeto ortodoxo contra o setor econômico, um projeto que não causaria qualquer desarranjo no setor produtivo.
   Obrigado senhor José de Alencar por ter sido avalista do Lula e de milhões de brasileiros que o senhor se quer conhecia, diante dos setores mais conservadores do nosso país..
  Obrigado por ter ocupado o papel de mediador, mesmo sendo um empresário de sucesso estendeu as suas mãos à classe trabalhadora, demonstrando ser de fato um homem sensato, virtude que cabe há poucos homens, principalmente sendo do setor empresarial. Mas como o senhor mesmo dizia “nada na minha vida foi fácil”. Talvez
   Por ter encontrado dificuldades, o senhor passou a entender melhor o que é sofrimento.
  Vendo a sua frente um caboclo nordestino, que já havia sido derrotado nas urnas por três vezes, ainda assim continuava propagando os seus sonhos, o senhor deu a ele o seu voto de confiança, passou então a disseminar as idéias e os ideais de milhares de trabalhadores representados na pessoa do Lula.
  O senhor veio de um estado da federação cujo nome já está gravado na história através das lutas dos inconfidentes, de homens que no passado lutaram por justiça, por liberdade, um estado que têm gravado na cultura brasileira o nome de um grande artista, que talvez possamos até dizer o primeiro caso de inclusão social de um deficiente físico, O Aleijadinho.
  O seu nome de batismo José, tem como homônimo, José do Egito, que era quem traduzia os sonhos do faraó, o nome José, também esta associado ao marido da virgem Maria, mãe de Jesus. Enfim seu nome de uma forma mais simplista, Popularmente recebe o redutivo de Zé, que eu tenho certeza era como o Lula na convivência do dia a dia o chamava.
  Hoje, ascendeu nova estrela no horizonte, pois uma pessoa de brio como o senhor, jamais deixara de irradiar a tua luz, mesmo não  conhecendo pessoalmente, o senhor nos transmitia serenidade. Até nos exercícios de suas funções como vice- presidente quando discordando das taxas de juros altas fixadas pelo   
Copom, o fez sem estardalhaço, sem conspiração.      
  Quero terminar este artigo de uma maneira leve suave, lembrando do senhor quando lhe perguntado em uma de suas ultimas entrevista o motivo de está sendo breve em seus depoimentos se havia alguma recomendação médica.  Sabiamente o senhor respondeu “Discurso é igual a vestido, não pode ser tão curto que escandalize nem tão longo que entristeça”.  
  E agora José? Você que lutou bravamente contra uma doença devastadora, tua festa não acabou aqui, você que fez versos, prosódias fazendo nos crer que todas as coisas acontecem segundo a vontade do criador. Demonstrou equilíbrio, não se enclausurou o senhor mesmo disse, ”Se Deus quiser me levar, ele não precisa de câncer pra isso, e se ele não quiser que eu vá, não há câncer que me leve.
  Partiste numa tarde de outono, no período da quaresma, os teus ensinamentos de fé, de esperança, ficarão como o seu legado, a tua história de vida nos enche de orgulho, o céu está em festa com a tua chegada.
 “Há tempo de nascer e há tempo de morrer.Quem sabe o dia que vai morrer? É só Deus quem sabe”. 

Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José A. Vieira
Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
Formação Acadêmica em Matemática pela Uniesp