sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

As dores que sinto


                                                                 As dores que sinto

São dores que me maltratam, sovam o meu corpo e fazem o meu coração sofrer, pobre coração forte e combativo jamais se rende, luta para superar as dores, não se entrega, dia e noite sob açoite constante insiste em badalar.
Dores estão presentes nos desejos reprimidos, na cobiça da matéria, nas antíteses do pensamento, ancoram em ilhas proibidas, açoitam meus olhos, causam tormentos, tatuam a minha alma, condena-me ao sofrimento.
Doe no peito, doem na alma, palavras solta ao ar vagueia a procura de ouvidos que possam lhes guarnecer. Quem não se importa com o dito, deve lembrar-se que uma vez a palavra lançada ao vento não dá mais para conter, o som ecoa no ar feito flecha, feito fogo, feito pombo mensageiro de noticias mal, com um único intento, ferir e machucar o coração de quem as escutar.
Palavras mal proferidas causam feridas crônicas, que só o tempo pode curar, o tempo nem sempre é nosso aliado, principalmente quando os dias causam tormentas profundas,  naqueles que não sabem a ele se associar.
São dores de desespero, de teimosia, de ironia, todas deixam as suas marcas, causam dissabores, provoca rancores, remete ao tédio, deixam espaços vazios, deformam profundamente qualquer história, são tormentas que degenera o tempo, provocando desperdício que jamais se recuperará.
Haverá um momento onde teremos de separar, a vontade e a necessidade, para isso temos que distinguir o que é volúpia, desejo, prazer e o que realmente é fundamental para levar-se adiante arcando com todos os ônus, para que possamos viver uma vida, de opções e não de imposições ao ser.
Todos aqueles que levam uma vida de sofrimentos e martírios, terão como testemunho as lamentações, os sofrimentos e as amarguras, porque não viveu a plenitude da vida.
As minhas dores sentencia-me a viver em sofrimento, impede que eu conheça a  paz interior, lança-me em constante conflito com o meu tempo, justamente eu, tão  temerário com a vida, não me dou conta que essa dia após dia vai se esvaecendo, e eu, estou  perdendo a oportunidade de viver.
Lembremos sempre que a vida não esta dissociada das coisas do meio, porém não devemos permitir que a ambição, a cobiça, a ansiedade e a obsessão, perpetuem, tornando-nos escravos da nossa vontade e do prazer.
As dores que sinto são dores que se originam dos conflitos entre a realidade e os sonhos, entre a busca e a recusa, entre o animo e o desanimo, entre a fé e o descrédito, entre o desejo de realizar e a vontade de omitir-se em tentar, entre o possível e o impossível, todas estas questões afligem o meu ser, e me tira a paz que eu tanto preciso.
Entre tropeços, quedas e escoriações, sigo em frente, combalido com as minhas dores, persisto acreditando que após toda tormenta virá a calmaria, e junto a ela os deleites que a vida oferece para aqueles que sabem tirar proveito sem se importar com as minúcias e detalhes torpes, que em nada alterará.
As dores da humanidade, são dores causais, motivadas pela  própria natureza humana, o Homem  tem a certeza que não existe para ser só, mas no entanto insiste em levar uma vida de um ser único e exclusivo, estabelecendo uma competição com os seus semelhantes, não se importando com o resultado final. 


 Artigo escrito pelo Profº  Rosalvo Silva Filho
   Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Profº José a. vieira
   Latus Sensus em Saúde e Meio ambiente pela Universidade de Lavras
   Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.

Um comentário:

  1. As dores da humanidade, são dores causais, motivadas pela própria natureza humana, o Homem tem a certeza que não existe para ser só, mas no entanto enciste em levar uma vida de um ser único e exclusivo, estabelecendo uma competição com os seus semelhantes, não se importando com o resultado final. Afinal para que vivermos?

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