quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Inebriado de amor

       Insensatez  profanada

Quantas noites eu só fiquei;
Em quantos braços a procurei;
Não houvera canto desse mundo que não lhe procurara;
Por todos os lugares que passamos, novamente sozinho eu passei;
Cantos e encantos vislumbrei, rostos estranhos avistei;
Imaginando que era pra ti que eu olhava.
Não permiti, que as dores do mundo invadissem meu ser;
Toda procura tornou-se tormenta, meu ser já não alimenta em um dia ti encontrar;
Procurei aliviar meus sofrimentos e, entendi que não havia lamentos que a trouxessem para mim;
Desisti da procura, apaguei os meus sonhos, sufoquei meus sofrimentos;
Já não sofro mais com a distância, disfarço-me em um homem forte, pra que não percebam o meu ponto fraco;
Entendi que vive bem, quem disfarça as suas dores, os seus encantos e acalanta os desencantos, fingindo não sentir dor;
Aprendi a gostar de mim e entendi que, sofrer é pouco a pouco morrer;
Morrer um pouco a cada dia é cruel e insensato demais, se Deus nos quer feliz!
Troquei as lagrimas, os lamentos, os sofrimentos e os dissabores, por escritas que falam de amor, sem se referir a quem;
Entre linhas fecho a porta para sufocos, que não suporto reviver outra vez;
Encantado estou novamente, prometo não sofrer e nem lamentar-me;
Desta vez as minhas histórias vou eu mesmo criar e belos fins elas terão;
Poesias virarão fatos, poemas virarão artigos e meu nome abaixo das letras estará escrito;
Não fugirei nem tão pouco omitirei meu saber, porque com as dores aprendi a sufocar minhas lagrimas;
Saiba que quando escrevo, mais e mais quero escrever, transformar em escritas palavras que jamais poderão serem ditas;
Em meu olhar não há tristeza nem melancolia, no céu um dia nublado, acinzentado raiou o sol, deixando mais azul o meu olhar;
As noites escuras se foram, e o brilho das estrelas banham a lua transbordando de alegria o meu coração;
Transpôs-se o vazio da chegada, num lugar onde não havia nada, somente o cais da solidão;
Hoje se encontra lá, o meu coração inebriado na sua forma simples, dizendo o quanto sou feliz por amar você.
Quem dera tivesse aprendido a amar-te muito antes do sofrer, das dores que eu mesmo causei, dos dissabores que sozinho provei;
Dos saberes que adquirí, ouvir a ti e viver no teu amor és o maior, e não há nada que se compare;
E assim o verbo se fez entendido. Da tua boca manancial de amor transbordante brotará, e não haverá no coração, rancor e nem amarguras.



Poema escrito pelo Prof. Rosalvo Silva Filho
Formado em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade Prof. José A. Vieira.

Formação Acadêmica em Matemática pela Unioesp.
Latus Sensus em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade de Lavras.

Um comentário:

  1. Achei lindo o seu poema.Feliz a mulher que tem a honra de receber um amor incodicional como esse.

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